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INTERAÇÃO DECISIVA

terça-feira, 26 de abril de 2011

Orações subordinadas

As orações subordinadas são aquelas que, diferentemente das coordenadas, dependem sintaticamente da oração principal, ou seja, exercem uma função sintática em relação à oração principal (ou oração subordinante).

De acordo com a função sintática exercida pela oração subordinada, ela poderá funcionar como termos essenciais, integrantes ou acessórios de outra oração.

Vejamos como isso funciona. Repare no exemplo abaixo:
É necessária sua presença.

Neste exemplo, passando a oração pra ordem ditera temos: Sua presença é necessária, e o sujeito pode ser facilmente destacado: sua presença. Mas e se dissémos isso de outra forma, como no exemplo abaixo?
É necessário que esteja presente.

Repare que transformamos o nosso sujeito em outra oração. Tal oração tem, portanto, a função de sujeito (termo essencial). Veja agora outro exemplo:
Todos querem sua participação.

Na oração acima, o sujeito é todos e sua participação é o objeto direto do verbo querem. Neste caso, se disséssemos: Todos querem que participe, o nosso objeto direto seria transformado em uma oração com a mesma função sintática.

As orações subordinadas são divididas em substantivas, adjetivas e adverbiais. Vejamos primeiro as orações subordinadas substantivas.

Classificação: as subordinadas substantivas podem ser classificadas, de acordo com a função sintática que exercerem, em:

1. Orações subordinadas substantivas SUBJETIVAS:

São aquelas que exercem a função sintática de sujeito. Estas orações veem introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes que ou se. Para saber se a oração subordinada exerce mesmo a função de sujeito, basta analisar o verbo e procurar o sujeito na oração principal (faça a pergunta “o que?” para o verbo e a resposta será o sujeito), caso não haja sujeito nesta oração (nem explícito nem oculto), ele será a oração subordinada. Exemplos (a barra nos exemplos abaixo separa a oração principal da subordinada):

É certo /que chegará a tempo. (O que é certo? – que chegará a tempo = suj.)
É necessário /que todos participem. (O que é necessário? – que todos participem = suj.)
Não se sabe /se ela foi embora. (O que não se sabe? – se ela foi embora = suj.)
É pouco provável /que ele aceite. (O que é pouco provável? – que ele aceite = suj.)
Foi exigido que se apresentassem os passaportes. (O que foi exigido? – que se apresentassem os passaportes = suj.)

2. Orações subordinadas substantivas OBJETIVAS DIRETAS:

São aquelas que exercem a função sintática de objeto direto. Estas orações também veem introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes que ou se. O verbo de tais orações deve ser um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Reparem que nestas construções o sujeito já vem expresso ou subtendido (oculto) na oração principal. Exemplos:

Todos querem /que você jogue. (suj. = todos; v.t.d. = querem; o.d. = que você jogue).
Ninguém esperava /que aparecesse casado. (suj. = ninguém; v.t.d. = esperava; o.d. = que aparecesse casado).
Não sei /se concordará comigo. (suj. oculto = eu; v.t.d. = sei; o.d. = se concordará comigo).

*Fique ligado!!! Há casos em que a objetiva direta (assim como ocorre com os objetos diretos preposicionados) pode ser introduzida por uma preposição sem que, no entanto, esta seja regida pelo verbo. Portanto, a dica é sempre prestar atenção na regência do verbo! Exemplo:

Pedi para que ele voltasse logo. (Pedi que ele voltasse logo) – quem pede, pede O que?, e não PARA que?.

3. Orações subordinadas substantivas OBJETIVAS INDIRETAS:

São aquelas que exercem a função sintática de objeto indireto. Também veem introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes que ou se e são precedidas de preposição, que pode vir expressa ou não. O verbo da oração principal é transitivo indireto ou transitivo direto e indireto. Exemplos:

Não me esquecerei do que fez por mim. (suj. = me; v.t.i. = esquecerei; o.i. = do que fez por mim; prep. = de + o).
Todos se lembram de que você não dormiu em casa naquela noite. (suj. = todos; v.t.d. = lembram; o.i. = de que você não dormiu em casa naquela noite; prep. = de).
Não gosto que você volte tarde. (suj. oculto = eu; v.t.i. = gosto – quem gosta, gosta de alguma coisa; o.i. = que você volte trade; prep. não explicitada = de).

4. Orações subordinadas substantivas COMPLETIVAS NOMINAIS:

São aquelas que exercem a função sintática de complemento nominal. Podem vir introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes que ou se. Nessas orações, a oração subordinada completa o sentido de um nome (substantivo ou adjetivo) da oração principal e vem precedida de preposição (expressa ou não). Para você não confundir a oração subordinada substantiva completiva nominal com a objetiva indireta, basta observar a oração principal. Caso ela já venha completa, com sujeito, verbo e complemento, então provavelmente a subordinada será uma completiva nominal. É importate que você se lembre também que o objeto indireto é um complemento verbal, portanto completa o sentido de um verbo, enquanto que a completiva nominal completa o sentido de um nome. Exemplos:

Às vezes tenho dúvida de que você me ame. (suj. oculto = eu; v.t.d. = tenho; o.d. = dúvida; comp. nominal = de que você me ame).
Tenho certeza de que serei feliz. (suj. oculto = eu; v.t.d. = tenho; o.d. = certeza; comp. nominal = de que serei feliz).
Tenho a impressão de que ele gostou do imóvel. (suj. = eu; v.t.i. = tenho; o.d. = a impressão; comp. nominal = de que ele gostou do imóvel).
Sou favorável a que o absolvam. (suj. oculto = eu; v. ligação = sou; predicat. do suj. = favorável; comp. nominal = a que o absolvam).

5. Orações subordinadas substantivas PREDICATIVAS:

São aquelas que exercem a função sintática de predicativo do sujeito da oração principal. Podem vir introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes que ou se. Exemplos:

Minha ideia é/ que viajemos todos juntos. (suj. = minha ideia; v. lig. = é; predicat. do suj. = que viajemos todos juntos).
Meu desejo era/ que ficássemos juntos. (suj. = meu desejo; v. lig. = era; predicat. do suj. = que ficássemos juntos).
Meu maior problema é/ que confio demais nas pessoas. (suj. = meu maior preblema; v. lig. = é; predicat. do suj. = que confio demais nas pessoas).
O fato é/ que vocês não estudaram. (suj. = o fato; v. lig. = é; predicat. do suj. = que vocês não estudaram).

6. Orações subordinadas substantivas APOSITIVAS:

Exercem a função de aposto da oração principal. A oração apositiva vem sempre separada por vírgula, dois pontos ou travessão. Tais orações são introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes que ou se. Exemplos:

Coloco uma condição:/ que essa seja a última vez. (suj. oculto = eu; v.t.d. = coloco; o.d. = uma condição; aposto = que essa seja a última vez).
Só te peço uma coisa: que não me abandones. (suj. oculto = eu; v.t.d.i. = peço; o.d. = uma coisa; o.i. = te; aposto = que não me abandones).

7. Orações subordinadas substantivas AGENTES DA PASSIVA:

Apesar de muitas gramáticas não reconhecerem esta classificação, podemos nos deparar com construções nas quais a oração subordinada exerce o valor sintático de agente da passiva. Essas orações iniciam-se por pronomes indefinidos (quem, quantos, qualquer, etc.) precedidos das preposições por ou de. Exemplos:

O trabalho foi escrito/ por quem entende do assunto. (agente da passiva = por quem entende do assunto).
As ordens são dadas por quem tem autoridade. (agente da passiva = por quem tem autoridade).

*OBS.: As orações subordinadas substantivas que não forem introduzidas pelas integrantes que ou se, podem ser iniciadas por pronomes, pronomes indefinidos ou advérbios interrogativos, passando a ser chamadas de JUSTAPOSTAS, já que estão apenas “colocadas” junto à oração principal. Exemplos:
Quero saber como chegaram até aqui. (objetiva direta)
Quem tudo quer tudo perde. (subjetiva)
Ele era quem mais dava trabalho. (predicativa)
FONTE: qieducacao.com

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