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sexta-feira, 25 de março de 2011

Extinção

Extinção em biologia e ecologia é o total desaparecimento de espécies, subespécies ou grupos de espécies. O momento da extinção é geralmente considerado sendo a morte do último indivíduo da espécie. Em espécies com reprodução sexuada, extinção de uma espécie é geralmente inevitável quando há apenas um indivíduo da espécie restando, ou apenas indivíduos de um mesmo sexo. A extinção não é um evento incomum no tempo geológico - espécies são criadas pela especiação e desaparecem pela extinção.
Apesar de ser atualmente um fato aceito, a idéia da ocorrência de extinções durante a trajetória histórica da vida na Terra, somente recebeu adesão, após a divulgação dos trabalhos de Georges Cuvier. Este naturalista francês ao formular as leis da Anatomia Comparada possibilitou as reconstruções paleontológicas dos organismos que eram conhecidos somente na forma fóssil e que não tinham correspondentes vivos na atualidade, ou seja, extintos.
A extinção é uma questão de escala geográfica. A extinção local é a extinção de uma população em uma determinada região e não necessariamente de toda a espécie. Isso, em biogeografia, é um fator importante no delineamento da distribuição geográfica das espécies. Eventos de vicariância e de mudanças climáticas, por exemplo, podem levar a extinção local de populações e, assim, configurar os padrões de distribuição das espécies.
Atualmente muitos ambientalistas e governos estão preocupados com a extinção de espécies devido à intervenção humana. As causas da extinção incluem poluição, destruição do habitat, e introdução de novos predadores. Espécies ameaçadas são espécies que estão em perigo de extinção. Extintas na natureza é uma expressão usada para espécies que só existem em cativeiro.

Extinções em massa

Há periódicas extinções em massa, onde muitas espécies desaparecem em um período geológico de tempo. Estes são tratados com mais detalhes no artigo de eventos de extinção. O mais recente evento destes, A extinção K-T no fim do período Cretáceo, é famoso por ter eliminado os dinossauros.
Muitos biólogos acreditam que nós estejamos atualmente nos estágios iniciais de uma extinção em massa causada pelo homem, a extinção em massa do Holoceno. E.O. Wilson, da universidade Harvard, em seu O futuro da vida ( ISBN 0679768114), estima que se continuar a atual taxa de destruição humana da biosfera, metade de todas as espécies de seres vivos estará extinta em 100 anos.
Uma das maiores provas disso é o fato de dois fungos, espécies consideradas livres da extinção, já estarem ameaçadas.
Não há dúvida de que a atividade humana tem aumentado o número de espécies extintas no mundo todo, entretanto, a extensão exata da extinção antrópica permanece controversa.
Veja-se também A sexta extinção: padrões de vida e o futuro da humanidade, de Richard Leakey ( ISBN 0385468091 ).
Extinções em massa são parte fundamental da hipótese do equilíbrio pontuado de Stephen Jay Gould e Niles Eldredge. Veja-se Molduras de tempo: a evolução do equilíbrio pontuado ( ISBN 0691024359 ).
De acordo com um relatório divulgado em março de 2005 pelo secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica, da ONU, a Terra está sofrendo a maior extinção de espécies desde o fim dos dinossauros, 65 milhões de anos atrás. O relatório concluiu que o objetivo definido no ano de 2002 de conter o ritmo de extinção de espécies até 2010 está cada vez mais distante e aponta ainda que a perda de biodiversidade, em vez de se estabilizar, está se acelerando.
Tanto no ambiente marítimo quanto em ambientes terrestres, um número significativo de ecossistemas estão ameaçados. Entre eles, mormente os recifes de coral e as selvas tropicais. Há uma seção especialmente dedicada ao desmatamento, que já destruiu uma média anual de 60 mil quilômetros quadrados, o que corresponderia a duas Catalunhas, desde o ano 2000. Os ecossistemas fluviais e lacustres, por sua vez, encontram-se geralmente em situação ainda mais crítica, já com cerca de 50% das espécies extintas no período 1970-2000.
"Os ecossistemas saudáveis proporcionam os bens e serviços de que os humanos necessitam para o seu bem-estar", aponta o relatório, que sintetiza em 92 páginas os dados científicos mais relevantes sobre a perda de biodiversidade.

Padrões de extinção

Intensidade das extinções marinhas através do tempo. O gráfico 
azul mostra a percentagem aparente (não o número absoluto) de géneros de
 animais marinhos que se tornaram extintos durante cada um dos 
intervalos temporais. Não representa todas as espécies marinhas, apenas 
aquelas que são facilmente fossilizadas.
Apesar do evento ter sido severo, houve variabilidade significativa na taxa de extinção entre e dentro de clados. Porque as partículas atmosféricas bloquearam a luz do sol, reduzindo a quantidade de energia solar que chega à superfície da Terra, as espécies que dependem da fotossíntese sofreram declínio ou extinguiram-se. Organismos capazes da fotossíntese, incluindo fitoplanctón e plantas terrestres, formavam os alicerces da cadeia alimentar no fim do Cretáceo tal como hoje em dia. Evidências sugerem que animais herbívoros morreram quando as plantas das quais dependiam se tornaram raras; consequentemente, predadores do topo da cadeia tal como o Tyrannosaurus rex também pereceram.
Cocolitóforos e moluscos, incluindo amonites, rudistas, caracóis de água doce e mexilhões, e organismos cuja cadeia alimentar incluia estes construtores de carapaças, tornaram-se extintos e sofreram perdas consideráveis. Por exemplo, pensa-se que amonites foram a fonte principal de comida de mosassauros, um grupo de répteis marinhos gigantes que se extinguiram na transição.
Omnívoros, insectívoros e animais que se alimentam de carniça sobreviveram à extinção em massa, talvez devido ao aumento da disponibilidade das suas fontes de alimento. No fim do Cretáceo, pareciam não haver mamíferos puramente herbívoros ou carnívoros. Os mamíferos e aves que sobreviveram às extinção alimentaram-se de insectos, minhocas e caracóis, que se alimentavam de plantas mortas e matéria animal em decomposição. Cientistas colocam a hipótese que estes organismos sobreviveram ao colapso das cadeias alimentares baseadas nas plantas porque se alimentavam de detritos.
Em comunidades de riachos, poucos grupos de animais se tornaram extintos; porque estas comunidades dependem menos directamente em comida de plantas vivas e mais em detritos vindos da terra, protegendo-os da extinção. Padrões similares, mas mais complexos foram também encontrados nos oceanos. A extinção foi mais severa entre animais vivendo na coluna de água, do que entre animais que vivem em cima ou no fundo oceânico. Os animais na coluna de água são quase inteiramente dependentes de produção primária de fitoplancton vivo, enquanto que os animais que vivem no fundo oceânico se alimentam de detritos ou podem mudar para uma alimentação à base de detritos.
Os maiores animais que respiram ar sobreviventes deste evento, crocodilianos e choristodera, eram semi-aquáticos e tinham acesso a detritos. Crocodilianos modernos podem viver como detritívoro e pode sobreviver durante meses sem comida, e os seus juvenis são pequenos, crescem devagar, e alimentam-se principalmnte de invertebrados e organismos mortos ou fragmentos nos seus primeiros anos. Foi feita uma ligação entre estas características e a sobrevivência dos crocodilianos no fim do Cretáceo.
Após o evento K-T, a biodiversidade precisou de uma quantidade substancial de tempo para recuperar, apesar da existênci de nichos ecológicos vagos em abundância.

Extinção Cretáceo-Paleogeno

A extinção K-T ou evento K-T foi uma extinção em massa, ocorrida há mais ou menos 65,5 milhões de anos, que marca o fim do período Cretáceo (K, abreviação tradicional) e o início do período Terciário (T). Este evento teve um enorme impacto na biodiversidade da Terra e vitimou boa parte dos seres vivos da época, incluindo os dinossauros e outros répteis gigantes. O registro estratigráfico mostra que o desaparecimento abrupto das espécies que foram extintas coincide com um nível estratigráfico, denominado nível K-T, rico em irídio, um elemento químico pouco abundante na Terra e geralmente associado a corpos extraterrestres ou a fenômenos vulcânicos. Diversas teorias tentam explicar a extinção K-T, sendo que a mais aceita atualmente é a que justifica a catástrofe como sendo resultado da colisão de um asteróide com a Terra.
A partir de 1989, a Comissão Internacional de Estratigrafia deixou de reconhecer o período Terciário. Em seu lugar foram estabelecidos dois períodos, o Paleogeno (constituído pelas épocas Paleoceno, Eoceno e Oligoceno) e o Neogeno (constituído pelas épocas Mioceno e Plioceno). Com isso, muitos geólogos passaram a adotar o termo extinção K-Pl (onde Pl representa o período Paleogeno) em substituição ao termo extinção K-T.

Impacto na biodiversidade

O tarbossauro foi um dos gêneros que se extinguiram no evento K-T.
 
A extinção K-T, apesar de não ser a maior extinção em massa da história, é a mais conhecida devido ao desaparecimento dos dinossauros. Este evento vitimou cerca de 26% das famílias existentes e pelo menos 75% das espécies, tanto de organismos terrestres como marinhos. As classes mais afetadas foram a dos répteis e a dos moluscos. Segue-se uma lista dos grupos que se extinguiram no final do Cretáceo:
Para além destes grupos, desapareceram também muitas famílias de foraminíferos, equinodermes, corais e esponjas. Mas a extinção de animais e vegetais não foi o único impacto deste evento na biodiversidade. Os desaparecimentos possibilitaram a radiação adaptativa dos grupos que sobreviveram nos nichos ecológicos que ficaram vagos. O melhor exemplo deste fenômeno foi a explosão de diversidade dos mamíferos placentários - que, até então, eram, em sua maioria, animais de pequeno porte, solitários e noturnos.

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Extinção

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