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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Comentário à peça o Judas em sábado de Aleluia de Martins Pena

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A peça teatral O Judas em Sábado de Aleluia foi escrita por Martins Pena. Este nasceu em 1.815 no Rio de Janeiro e morreu em Lisboa no ano de 1.848. Martins Pena pode ser considerado como um dos maiores escritores do gênero teatral brasileiro. Com um realismo ingênuo, o autor de O Judas em Sábado de Aleluia, pode ser considerado como o criador no Brasil da comédia de costume, com forte tom popular. Ele é o primeiro autor popular da história do país, pois os seus trabalhos buscam retratar o homem real, com suas ações reais. Dotado de singular veia cômica, soube aproveitar o momento em que se intensificava a criação do teatro romântico brasileiro, que possibilitava tratar das situações e personagens do cotidiano, e mostrou a realidade de um país atrasado e, predominantemente, rural, fazendo a platéia rir de si mesma. Seus textos envolvem, sobretudo, flagrantes da vida brasileira, do campo à cidade. Assim, apresenta com temas principais, os problemas familiares, casamentos, heranças, dotes, dívidas, corrupção, injustiças, festas populares etc. Sua galeria de tipos compreende: funcionários públicos, padres, meirinhos, juízes, malandros, matutos, moças namoradeiras ou sonsas, guardas nacionais, mexeriqueiros, viúvas etc.

A peça O Judas em Sábado de Aleluia trata basicamente de um tema comum esboçado pelos autores românticos: das moças que buscam um noivo para si , bem como um reforço retratista da pequena burguesia: funcionários públicos, militares, etc. A história se desenrola na casa de Pimenta, cabo da guarda-nacional e pai de Maricota e Chiquinha. Estas duas moças, principalmente, Maricota sonham com o casamento. Sonho e desejo comum das jovens solteiras do século XIX. Para isso, resolveu namorar a tantos quanto pudesse. Isso permitiria a ela maiores oportunidades. Conforme ela mesma disse à irmã: "Ora dize-me, quem compra muitos bilhetes de loteria não tem mais probabilidade de tirar a sorte grande do que aquele que só compra um? Não pode do mesmo modo, nessa loteria do casamento, quem tem muitas amantes ter mais probabilidade de tirar um para marido?" Já a sua irmã Chiquinha possuía uma atitude mais sôfrega. Não era dada a requestos tão intensos.
A história avoluma-se ou alcança um ponto inflexivo quando aparece a figura de Faustino à porta da casa para ter com Maricota. Faustino lamentoso, questiona o amor de Maricota por ele e afirma a infelicidade que habita a sua alma inquieta. Maricota diz que o ama. De repente chega o capitão da Guarda Nacional, que é um dos pretensos namorados de Maricota. Faustino assume o disfarce de Judas, que alguns meninos preparam para o Sábado de Aleluia. Portanto, este escuta a fala de Maricota com o capitão. Em seguida, chega ainda o pai de Maricota. Esta corre. Pimenta, o pai das duas donzelas, fica a tratar de negócios com o capitão. Conversam basicamente sobre a situação de indisciplina que anda a Guarda Nacional. Faustino disfarçado de Judas de aleluia escuta a conversa. O capitão retira-se.
Volta à sala a figura de Chiquinha para continuar a coser o seu vestido para a festa de sábado de aleluia. Em dado momento, esta suspira alto e confessa a sua paixão por Faustino. O rapaz deitado, disfarçado no chão, aproxima-se dela e é solidário ao amor da moça. Chiquinha sente-se envergonhada, mas se mostra crédula com a recepção do amor de Faustino. O pai retorna à sala, Chiquinha corre e Faustino se esconde. Pimenta dessa vez traz consigo a figura de Antônio. Os dois especulam sobre um negócio escuso que estão praticando no porto. E temem. Faustino absorve todas estas informações. Os dois homens temem ser descobertos pela polícia. Isso propiciaria um destino infausto. Faustino, deitado, ensaia uma voz que parece ser da polícia. Os dois encolhem-se de medo. Quando à porta bate o capitão. Pimenta e Antônio se atarantam. Finalmente, os três ficam juntos e entendem que algo misterioso se passava no interior daquela casa.
Os meninos que preparavam o Judas entram na sala para malharem-no. Faustino corre. Os presentes à sala se assustam com o espantalho que toma vida. Todos correm. Uns se escondem embaixo da mesa; outro sobe num móvel; outros ainda rolam no chão. Chiquinha não se altera por saber a identidade do espantalho Judas. De repente Faustino volta ao interior da casa ameaçado por algumas crianças que encontra na rua. Temendo a própria vida volta para ter com os que jaziam espantados. Martins Pena deixa transparecer a sua verve cômica nessa cena.
Começa a partir daí a vingança de Faustino. Este se põe no meio daqueles que dantes estavam espantados. O capitão, Antônio, Pimenta e Maricota ameaçam Faustino. Tal ameaça expressa claramente uma ignorância por parte dos personagens, que não têm conhecimento dos segredos adquiridos por Faustino. Este se apropria da fala e se vinga de cada um dos personagens. As suas intenções são manifestadas: Maricota se casa com Antônio (um velho). Suas intenções não graçam, não tomam vida. Ao cabo, Faustino beija o rosto de Pimenta, realizando o ato de Judas, o discípulo de Jesus, que o traiu com um beijo na face. Aqui o personagem ironiza e pede a mão de Chiquinha em casamento.
Na peça fica patente a crítica de Martins Pena à sociedade hipócrita que semeia visões distorcidas daquilo que é em sua interioridade podre. Os costumes visuais ocultam as sujidades reais. Percebe-se a crítica à moral burguesa com os seus desejos e certezas. Fica clara ainda a figura da esperteza de Faustino.

Por Carlos Antônio M. Albuquerque

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Capitalismo: o que é isso?

Texto extremamente elucidativo extraído do blog do Emir Sader.

As duas referências mais importantes para a compreensão do mundo contemporâneo são o capitalismo e o imperialismo.

A natureza das sociedades contemporâneas é capitalista. Estão assentadas na separação entre o capital e a força de trabalho, com aquela explorando a esta, para a acumulação de capital. Isto é, os trabalhadores dispõem apenas de sua capacidade de trabalho, produzir riqueza, sem os meios para poder materializa-la. Tem assim que se submeter a vender sua força de trabalho aos que possuem esses meios – os capitalistas -, que podem viver explorando o trabalho alheio e enriquecendo-se com essa exploração.

Para que fosse possível, o capitalismo precisou que os meios de produção –na sua origem, basicamente a terra – e a força de trabalho, pudessem sem compradas e vendidas. Daí a luta inicial pela transformação da terra em mercadoria, livrando-a do tipo de propriedade feudal. E o fim da escravidão, para que a força de trabalho pudesse ser comprada. Foram essas condições iniciais – junto com a exploração das colônias – que constituíram o chamado processo de acumulação originaria do capitalismo, que gerou as condições que tornaram possível sua existência e sua multiplicação a partir do processo de acumulação de capital.

O capitalismo busca a produção e a comercialização de riquezas orientada pelo lucro e não pela necessidade das pessoas. Isto é, o capitalista dirige seus investimentos não conforme o que as pessoas precisam, o que falta na sociedade, mas pela busca do que dá mais lucro.

O capitalista remunera o trabalhador pelo que ele precisa para sobreviver – o mínimo indispensável à sobrevivência -, mas retira da sua força de trabalho o que ele consegue, isto é, conforme sua produtividade, que não está relacionada com o salário pago, que atende àquele critério da reprodução simples da força de trabalho, para que o trabalhador continue em condições de produzir riqueza para o capitalista. Vai se acumulando assim um montante de riquezas não remuneradas pelo capitalista ao trabalhador – que Marx chama de mais valia ou mais valor – e que vai permitindo ao capitalista acumular riquezas – sob a forma de dinheiro ou de terras ou de fábricas ou sob outra forma que lhe permite acumular cada vez mais capital -, enquanto o trabalhador – que produz todas as riquezas que existem – apenas sobrevive.

O capitalista acumula riqueza pelo que o trabalhador produz e não é remunerado. Ela vem por tanto do gasto no pagamento de salários, que traz embutida a mais valia. Mas o capitalista, para produzir riquezas, tem que investir também em outros itens, como fábricas, máquinas, tecnologia entre outros. Este gasto tende a aumentar cada vez mais proporcionalmente ao que ele gasta em salários, pelo peso que as máquinas e tecnologias vão adquirindo cada vez mais, até para poder produzir em escala cada vez mais ampla e diminuir relativamente o custo de cada produto. Assim, o capitalista ganha na massa de produtos, porque em cada mercadoria produzida há sempre proporcionalmente menos peso da força de trabalho e, por tanto, da mais valia - que é o que lhe permite acumular capital.

Por isso o capitalista está sempre buscando ampliar sua produção, para ganhar na competição, pela escala de produção e porque ganha na massa de mercadorias produzidas. Dai vem o caráter sempre expansivo do capitalismo, seu dinamismo, mobilizado pela busca incessante de lucros.

Mas essa tendência expansiva do capitalismo não é linear, porque o que é produzido precisa ser consumido para que o capitalista receba mais dinheiro e possa reinvestir uma parte, consumir outra, e dar sequencia ao processo de acumulação de capital. Porém, como remunera os trabalhadores pelo mínimo indispensável à sobrevivência, a produção tende a expandir-se mais do que a capacidade de consumo da sociedade – concentrada nas camadas mais ricas, insuficiente para dar conta do ritmo de expansão da produção.

Por isso o capitalismo tem nas crises – de superprodução ou de subconsumo, como se queira chamá-las – um mecanismo essencial. O desequilíbrio entre a oferta e a procura é a expressão, na superfície, das contradições profundas do capitalismo, da sua incapacidade de gerar demanda correspondente à expansão da oferta.
As crises revelam a essência da irracionalidade do capitalismo: porque há excesso de produção ou falta de consumo, se destroem mercadorias e empregos, se fecham empresas, agudizando os problemas. Até que o mercado “se depura”, derrotando os que competiam em piores condições – tanto empresas, como trabalhadores – e se retoma o ciclo expansivo, mesmo se de um patamar mais baixo, até que se reproduzam as contradições e se chegue a uma nova crise.
Esses mecanismos ajudam a entender o outro fenômeno central de referência no mundo contemporâneo – o imperialismo – que abordaremos em um próximo texto.
Por Emir Sader

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Review: The Iron Queen

The Iron Queen by Julie Kagawa

Harlequin Teen (Paperback) - 2011

358 pages

Description: "My name is Meghan Chase.

I thought it was over. That my time with the fey, the impossible choices I had to make, the sacrifices of those I loved, was behind me. But a storm is approaching, an army of Iron fey that will drag me back, kicking and screaming. Drag me away from the banished prince who's sworn to stand by my side. Drag me into the core of conflict so powerful, I'm not sure anyone can survive it.

This time, there will be no turning back."

Warning: Minor SPOILERS!

The Iron Queen is the final book of the "Iron Fey" trilogy. Once again, Meghan Chase, half-human and half faery has to battle the terrible influence of the Iron Fey to save the Nevernever from total corruption and destruction. At her side, she has her beloved Unseelie Prince Ash, the Summer faery Puck (yes, that Puck - from Shakespeare's) and the cait sith Grimalkin.

This book was pretty typical and... predictable. As far as story goes, it doesn't differ that much from books one and two as Meghan follows all the same steps she had to take in previous books. Basically she goes to the Nevernever, perceives the Iron Fey as a threat and somehow has to get to their leader. And of course, for some reason she can't use her magic.

Also in this book we have the expected love triangle and the hot, intense teen love - that annoyed me to no end; all this melodramatic love is why I usually prefer adult urban fantasy to YA... it just isn't plausible. Still, I guess authors do need to pull all the stops if they're going to keep their target readers interested. Anyways, some of the love scenes and inner angst were very "Twilight-ish" (the book that started it all, in my opinion).

Meghan does grow a little as a character, although that is achieved through the usual battle training sessions. She seems to grow a backbone and that made her much more likable for me - thus, the half star... one of the reasons, anyway.

The end did surprise me a little (not the queen part, the teen love resolution part) and that's also why I gave it the half star. :D

Overall a nice YA urban fantasy that will appeal to fans of the genre, especially if they also like Twilight, Evermore, Hush, Hush... you get the picture. Still there is a little more to these books than angsty love and those were the parts I liked. It's worth a read.

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FONTE: http://pinkgum.blogspot.com/

As Três Fontes e as Três partes Constitutivas do Marxismo

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Acredito que Marx tenha concebido uma das doutrinas mais belas e reveladoras das relações do homem com a História. O marxismo tanta vezes rechaçado, mal compreendido, tido por ciência e tendência política de radicais e tiranos é, quando entendido e estudado, uma das concepções mais humanizantes que já surgiram. Ele explica o por quê da desigualdade entre os homens. Mostra acima de tudo que a história é feita de lutas. O mundo não possui uma configuração final, como se ele tivesse sido concebido assim por vontade, uma força absoluta e que não pode ser mudada. Marx mostra que o mundo não "é asssim", mas "está assim". Portanto, é possível transformá-lo por intermédio de uma praxis atuante e não conformativa. No texto abaixo, Vladimir Lenin, um dos principais pensadores do marxismo no século XX, nos dá uma aula extraordinária de onde emana o marxismo. Ou seja, quais sãos as suas fontes.

Apenas uma história antes do texto: Ontem fui a um shopping aqui de Brasília e, como sempre faço, decidi ir a uma livraria. Gosto das livrarias. O ambiente me permite ficar lá "vagabundamente" folheando os livros. Estava olhando os lançamentos quando me deparei com o seguinte título: "Lênin, Stálin, Hitler - A era da catástrofe social", do liberal americano Robert Gellately (CAPA). Não cheguei a folhear o livro, pois fui tomado de um asco terrível. Pensei: "Pôr em paralelo Lênin e Hitler... Liberal infame". Manipular fatos históricos e vender meias verdades é um ato criminoso. O leitor menos atento e que não conhece a história soviética acaba por colocar na mesma balança os três nomes que estão ligados inextricavelmente à história do século XX. Mas não me espanta quando eu vejo uma obra "tendenciosa" como esta. Quando olhei para o livro, lembrei da frase de Lênin presente no texto abaixo: "A doutrina de Marx suscita em todo o mundo civilizado a maior hostilidade e o maior ódio de toda a ciência burguesa (tanto a oficial como a liberal), que vê no marxismo um a espécie de "seita perniciosa". E não se pode esperar outra atitude, pois, numa sociedade baseada na luta de classes não pode haver ciência social "imparcial". De uma forma ou de outra, toda a ciência oficial e liberal defende a escravidão assalariada, enquanto o marxismo declarou uma guerra implacável a essa escravidão". Leiamos
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Por V. I. Lénine Março de 1913
A doutrina de Marx suscita em todo o mundo civilizado a maior hostilidade e o maior ódio de toda a ciência burguesa (tanto a oficial como a liberal), que vê no marxismo um a espécie de "seita perniciosa". E não se pode esperar outra atitude, pois, numa sociedade baseada na luta de classes não pode haver ciência social "imparcial". De uma forma ou de outra, toda a ciência oficial e liberal defende a escravidão assalariada, enquanto o marxismo declarou uma guerra implacável a essa escravidão. Esperar que a ciência fosse imparcial numa sociedade de escravidão assalariada seria uma ingenuidade tão pueril como esperar que os fabricantes sejam imparciais quanto à questão da conveniência de aumentar os salários dos operários diminuindo os lucros do capital.
Mas não é tudo. A história da filosofia e a história da ciência social ensinam com toda a clareza que no marxismo não há nada que se assemelhe ao "sectarismo", no sentida de uma doutrina fechada em si mesma, petrificada, surgida à margem da estrada real do desenvolvimento da civilização mundial. Pelo contrário, o gênio de Marx reside precisamente em ter dado respostas às questões que o pensamento avançado da humanidade tinha já colocado. A sua doutrina surgiu como a continuação direta e imediata das doutrinas dos representantes mais eminentes da filosofia, da economia política e do socialismo. A doutrina de Marx é onipotente porque é exata. É completa e harmoniosa, dando aos homens uma concepção, integral do mundo, inconciliável com toda a supertição, com toda a reação, com toda a defesa da opressão burguesa. O marxismo é o sucessor legítimo do que de melhor criou a humanidade no século XIX: a filosofia alemã, a economia política inglesa e o socialismo francês. Vamos deter-nos brevemente nestas três fontes do marxismo, que são, ao mesmo tempo, as suas três partes constitutivas.
I
A filosofia do marxismo é o materialismo. Ao longo de toda a história moderna da Europa, e especialmente em fins do século XVIII, em França, onde se travou a batalha decisiva contra todas as velharias medievais, contra o feudalismo nas instituições e nas idéias, o materialismo mostrou ser a única filosofia conseqüente, fiel a todos os ensinamentos das ciências naturais, hostil à supertição, à beatice, etc. Por isso, os inimigos da democracia tentavam com todas as suas forças "refutar", desacreditar e caluniar o materialismo e defendiam as diversas formas do idealismo filosófico, que se reduz sempre, de um modo ou de outro, à defesa ou ao apoio da religião.
Marx e Engels defenderam resolutamente o materialismo filosófico, e explicaram repetidas vezes quão profundamente errado era tudo quanto fosse desviar-se dele. Onde as suas opiniões aparecem expostas com maior clareza e pormenor é nas obras de Engels Ludwig Feuerbach e Anti-Dübring, as quais - da mesma forma que o Manifesto Comunista - são os livros de cabeceira de todo o operário consciente. Marx não se limitou, porém, ao materialismo do século XVIII; pelo contrário, levou mais longe a filosofia. Enriqueceu-a com as aquisições da filosofia clássica alemã, sobretudo do sistema de Hegel, o qual conduzira por sua vez ao materialismo de Feuerbach. A principal dessas aquisições foi a dialética, isto é, a doutrina do desenvolvimento na sua forma mais completa, mais profunda e mais isenta de unilateralidade, a doutrina da relatividade do conhecimento humano, que nos dá um reflexo da matéria em constante desenvolvimento. As descobertas mais recentes das ciências naturais - o rádio, os elétrons, a transformação dos elementos - confirmaram de maneira admirável o materialismo dialético de Marx, a despeito das doutrinas dos filósofos burgueses, com os seus "novos" regressos ao velho e podre idealismo.
Aprofundando e desenvolvendo o materialismo filosófico, Marx levou-o até ao fim e estendeu-o do conhecimento da natureza até o conhecimento da sociedade humana. O materialismo histórico de Marx é uma conquista formidável do pensamento científico. Ao caos e à arbitrariedade que até então imperavam nas concepções da história e da política, sucedeu uma teoria científica notavelmente integral e harmoniosa, que mostra como, em conseqüência do crescimento das forças produtivas, desenvolve-se de uma forma de vida social uma outra mais elevada, como, por exemplo, o capitalismo nasce do feudalismo.
Assim, como o conhecimento do homem reflete a natureza que existe independentemente dele, isto é, a matéria em desenvolvimento, também o conhecimento social do homem (ou seja: as diversas opiniões e doutrinas filosóficas, religiosas, políticas, etc.) reflete o regime econômico da sociedade. As instituições políticas são a superestrutura que se ergue sobre a base econômica. Assim, vemos, por exemplo, como as diversas formas políticas dos Estados europeus modernos servem para reforçar a dominação da burguesia sobre o proletariado. A filosofia de Marx é o materialismo filosófico acabado, que deu à humanidade, à classe operaria sobretudo, poderosos instrumentos de conhecimento.
II
Depois de ter verificado que o regime econômico constitui a base sobre a qual se ergue a superestrutura política, Marx dedicou-se principalmente ao estudo deste regime econômico. A obra principal de Marx, O Capital, é dedicada ao estudo do regime econômico da sociedade moderna, isto é, da sociedade capitalista. A economia política clássica anterior a Marx tinha-se formado na Inglaterra, o país capitalista mais desenvolvido. Adam Smith e David Ricardo lançaram nas suas investigações do regime econômico os fundamentos da teoria do valor-trabalho. Marx continuou sua obra. Fundamentou com toda precisão e desenvolveu de forma conseqüente aquela teoria. Mostrou que o valor de qualquer mercadoria é determinado pela quantidade de tempo de trabalho socialmente necessário investido na sua produção.
Onde os economistas burgueses viam relações entre objetos (troca de umas mercadorias por outras), Marx descobriu relações entre pessoas. A troca de mercadorias exprime a ligação que se estabelece, por meio do mercado, entre os diferentes produtores. O dinheiro indica que esta ligação se torna cada vez mais estreita, unindo indissoluvelmente num todo a vida econômica dos diferentes produtores. O capital significa um maior desenvolvimento desta ligação: a força de trabalho do homem torna-se uma mercadoria. O operário assalariado vende a sua força de trabalho ao proprietário de terra, das fábricas, dos instrumentos de trabalho. O operário emprega uma parte do dia de trabalho para cobrir o custo do seu sustento e de sua família (salário); durante a outra parte do dia, trabalha gratuitamente, criando para o capitalista a mais-valia, fonte dos lucros, fonte da riqueza da classe capitalista.
A teoria da mais-valia constitui a pedra angular da teoria econômica de Marx. O capital, criado pelo trabalho do operário, oprime o operário, arruína o pequeno patrão e cria um exercito de desempregados. Na indústria, é imediatamente visível o triunfo da grande produção; mas também na agricultura deparamos com o mesmo fenômeno: aumenta a superioridade da grande exploração agrícola capitalista, cresce o emprego de maquinaria, a propriedade camponesa cai nas garras do capital financeiro, declina e arruína-se sob o peso da técnica atrasada. Na agricultura, o declínio da pequena produção reveste-se de outras formas, mais esse declínio é um fato indiscutível.
Esmagando a pequena produção, o capital faz aumentar a produtividade do trabalho e cria uma situação de monopólio para os consórcios dos grandes capitalistas. A própria produção vai adquirindo cada vez mais um caráter social - centenas de milhares e milhões de operários são reunidos num organismo econômico coordenado - enquanto um punhado de capitalistas se apropria do produto do trabalho comum. Crescem a anarquia da produção, as crises, a corrida louca aos mercados, a escassez de meios de subsistência para as massas da população. Ao fazer aumentar a dependência dos operários relativamente ao capital, o regime capitalista cria a grande força do trabalho unido.
Marx traçou o desenvolvimento do capitalismo desde os primeiros germes da economia mercantil, desde a troca simples, até às suas formas superiores, até à grande produção. E de ano para ano a experiência de todos os países capitalistas, tanto os velhos como os novos, faz ver claramente a um numero cada vez maior de operários a justeza desta doutrina de Marx. O capitalismo venceu no mundo inteiro, mas, esta vitória não é mais do que o prelúdio do triunfo do trabalho sobre o capital.
III
Quando o regime feudal foi derrubado e a "livre" sociedade capitalista viu a luz do dia, tornou-se imediatamente claro que essa liberdade representava um novo sistema de opressão e exploração dos trabalhadores. Como reflexo dessa opressão e como protesto contra ela, começaram imediatamente a surgir diversas doutrinas socialista. Mas, o socialismo primitivo era um socialismo utópico. Criticava a sociedade capitalista, condenava-a, amaldiçoava-a, sonhava com a sua destruição, fantasiava sobre um regime melhor, queria convencer os ricos da imoralidade da exploração.
Mas, o socialismo utópico não podia indicar uma saída real. Não sabia explicar a natureza da escravidão assalariada no capitalismo, nem descobrir as leis do seu desenvolvimento, nem encontrar a força social capaz de se tornar a criadora da nova sociedade. Entretanto, as tempestuosas revoluções que acompanharam em toda a Europa, e especialmente em França, a queda do feudalismo, da servidão, mostravam cada vez com maior clareza que a luta de classes era a base e a força motriz de todo o desenvolvimento. Nenhuma vitória da liberdade política sobre a classe feudal foi alcançada sem uma resistência desesperada. Nenhum país capitalista se formou sobre uma base mais ou menos livre, mais ou menos democrática, sem uma luta de morte entre as diversas classes da sociedade capitalista.
O gênio de Marx está em ter sido o primeiro a ter sabido deduzir daí a conclusão implícita na história universal e em tê-la aplicado conseqüentemente. Tal conclusão é a doutrina da luta de classes.
Os homens sempre foram em política vítimas ingênuas do engano dos outros e do próprio e continuarão a sê-lo enquanto não aprendem a descobrir por trás de todas as frases, declarações e promessas morais, religiosas, políticas e sociais, os interesses de uma ou de outra classe. Os partidários de reformas e melhoramentos ver-se-ão sempre enganados pelos defensores do velho, enquanto não compreenderem que toda a instituição velha, por mais bárbara e apodrecida que pareça, se mantém pela força de umas ou de outras classes dominantes. E para vencer a resistência dessas classes só há um meio: encontrar na própria sociedade que nos rodeia, educar e organizar para a luta, os elementos que possam - e, pela sua situação social, devam - formar a força capaz de varrer o velho e criar o novo.
Só o materialismo filosófico de Marx indicou ao proletariado a saída da escravidão espiritual em que vegetaram até hoje todas as classes oprimidas. Só a teoria econômica de Marx explicou a situação real do proletariado no conjunto do regime capitalista. No mundo inteiro, da América ao Japão e da Suécia à África do Sul, multiplicam-se as organizações independentes do proletariado. Este se educa e instrui-se travando a sua luta de classe; liberta-se dos preconceitos da sociedade burguesa, adquire uma coesão cada vez maior, aprende a medir o alcance dos seus êxitos, temperam as suas forças e cresce irresistivelmente.

FONTE: http://carlososer.blogspot.com/2010/07/as-tres-fontes-e-as-tres-partes.html

As secas vidas de vidas secas

“(...) já nem sabemos o que é bom e o que é ruim, tão embotados vivemos”.

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Graciliano Ramos (Angústia)
Graciliano Ramos é um dos mais importantes escritores de toda história da Literatura Brasileira e mundial, também. O escritor alagoano conseguiu pintar páginas de um impressionante realismo em seus livros. Trata-se de uma literatura funda, existencial, em que as paisagens interiores dos personagens se entrelaçam numa complexidade crescente. O homem interior, psicológico, é agudizado se tornando uma projeção daquilo que existe no exterior. O que importa para Graciliano não é o ambiente necessariamente a priori, mas o personagem com suas complexidades que constitui o centro da narrativa. Ou seja, o ambiente é um elemento necessário; mas, o personagem com sua densa carga de diálogos e complexidades interiores, é que constitui a vida romanesca.
A geração de 30 escreve romances seguindo a tradição dos naturalistas/realistas europeus e brasileiros do século XIX. Com isso significa dizer que o que é narrado é verossímil, é semelhante à verdade. Não há quebras de leis físicas ou biológicas, não há intervenção de forças divinas ou diabólicas. O romance de 30 fixa diretamente estruturas históricas perfeitamente identificáveis por suas características econômicas e sociais. Os romancistas de 30 têm uma postura crítica – que se bem interpretado, pode ser visto como uma atitude panfletária – em relação às características políticas, sociais e econômicas das estruturas históricas apresentadas. Vê-se ainda no romance de 30, algo que o distingue dos realistas e naturalistas do século XIX, que é a possibilidade. Ou seja, apesar da desordem e do caos instalado na sociedade (mundo) há um otimismo na transformação do homem, na passagem para um estado novo, de maior satisfação para a vida (DACANAL, 1986, p.13-15).
Graciliano Ramos constrói uma espécie de “realismo socialista”. Não há fantasias no escritor, apenas o real com as cores da tragédia da vida. A tragédia social está depositada nos ciclos da natureza. Os personagens são objetos da articulação malfadada da vida. São vítimas da articulação da vida, do modo deteriorado pelo qual os gestos humanos se cosem e descosem num tecido em que natura e cultura se confundem em fios de sol, aspereza, esterilidade, animalidade, azedume, seca, alheamento, carência... toda arte de Graciliano está em saber fundir o ideológico e o ecológico. Numa linguagem concisa, onde só se escreve o necessário e o suficiente (RODRIGUES, 1979, p. 214).
Essa característica pode ser constatada em Vidas Secas. O romance ou novela, como referem alguns, é a história da estada de retirantes de uma seca sem data numa fazenda abandonada e encravada em um lugar sem nome. A Família de retirantes – Fabiano, Sinha Vitória, o Menino mais velho, o Menino mais novo, a cadela Baleia – ficam todos no lugar até chegarem as primeiras chuvas. Nesse mesmo local, permanecem mais tempo com o consentimento do dono da terra que, trazendo seu gado de volta, permite que Fabiano seja seu vaqueiro. A confusa e traumática relação com a cidade, a exploração sofrida junto ao patrão, ao comerciante, ao soldado amarelo, ao fiscal da prefeitura, são esses os conflitos por que passa a gente narrada por Graciliano. No seu meio, o campo, o conflito é com o próprio meio, sempre os obrigando arribar. E é assim que termina essa saga sem fim nem começo, escrita entre 1937-38, na qual impera não somente a ação dolorosa do meio sobre o homem, e sim, a impotência do homem pobre, analfabeto, esmagado por uma forte tradição de relações, diante de outros homens ditos fortes, sabidos, poderosos (MENDES, 2004, p.11).
O romance Vidas Secas é escrito em terceira pessoa e enfoca os modos de ser e as condições de existência, segundo uma visão distanciada da realidade. Graciliano envolve a seca, o latifúndio, o drama dos retirantes, a caatinga, a cidade. Dentro dessa estrutura rigidamente construída, fica claro que os personagens não conseguem o que desejam. O que prevalece são “o que as circunstâncias impõem, gestos, intenções, desejos e esforços, [e no mais] tudo se torna inútil”(NICOLA, 1998, p.363).
Um dos protagonistas do romance é Fabiano. Fala-se em “um dos protagonistas”, pois o sertão é também um dos principais agentes da obra. Fabiano não possui sobrenome, do seu passado é ressaltado apenas o fato de se tratar de uma linhagem de vaqueiros servis, o que constitui uma certa hereditariedade da miséria. É analfabeto e traz consigo uma vontade repelida: não sabe falar direito e se relacionar com os outros homens, sobretudo com os da cidade. Vive com a família no isolamento de uma fazenda de gado esquecida, onde ensina aos filhos o seu ofício e teme a chegada de mais uma estiagem. Graciliano se utiliza do discurso indireto livre na obra. Os personagens pouco falam, pouco se expressam. Afirmam-se por meio de uma fala inexpressiva e gutural (“Às vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admirava palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas”).
Fabiano é um tipo de homem em que é perceptível a ausência dos aspectos básicos do ser humano. Falta a ele um perfil fundamental da sua condição humana que é a dignidade. A consciência que ele tem de si mesmo é a mais atroz possível. Fabiano é um bicho, um animal que aprendeu a andar pelo mundo procurando uma sombra aonde se colocar (“parecia um macaco”). Ele não tem melhor sorte do que os demais seres. Afinal, ele é uma vítima das condições fulminantes, do aspecto agreste da paisagem sertaneja, que vitima tanto homens quanto bichos e os encerra à mesma condição – a luta pela vida.
Essa idéia faz dos personagens bichos (“Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos”). Fabiano assim como sua família se mostra alheada. Possuem características animalizadas. Aos animais não resta outra necessidade a não ser comer, beber, dormir e sobreviver. É uma espécie de luta primal que o meio impõe sobre os personagens. A natureza dita e sacramenta os desejos de Fabiano. Ele espera as estações, espera as chuvas, olha para o céu e sabe que os ciclos naturais ditam a sua sorte. O ressecamento interior do personagem, a ausência de dignidade, o alheamento, é uma derivação da paisagem exterior. Em suma, o que impera para Fabiano é apenas o desejo de sobreviver à semelhança dos animais. Estes constituíam os mais “civilizados” e corteses “colegas” de Fabiano (“Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais”).
O monólogo de Fabiano é mais interior do que exterior. Suas reflexões são densamente existenciais. O que está em jogo é o desejo de ser homem (“Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos, mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra”). O personagem busca uma posição idealizada, uma postura que o faça ser mais gente (“cabra”), mais homem. O personagem descobre-se na sua inanição, no seu estágio de bicho ignorante, ordinário, estúpido.
A rudeza da existência põe um pessimismo ácido e dilacerante nas percepções de Fabiano. “O pessimismo não é uma moral ou uma filosofia. É uma estado de alma” (CARPEAUX, 1998, p.235). Essa condição imprime no personagem uma forma peculiar de se apropriar do mundo. As condições reais do mundo instila em Fabiano um tipo de consciência crítica. Repete-se aqui a sentença de Marx de que as condições materiais do mundo constrói a consciência dos indivíduos.
Tal concepção mostra que a História não acaba se resolvendo na “consciência de si”, como “espírito do espírito”, mas que, em cada um das suas fases, encontra-se um resultado material, uma reunião de forças de produção, uma relação historicamente criada com a natureza e entre os indivíduos, que geração transmite à geração seguinte; uma massa de forças produtivas, de capitais e de condições que, embora sendo em parte modificada pela nova geração, prescreve a esta suas próprias condições de existência e lhe imprime um determinado desenvolvimento, um caráter particular (MARX;ENGELS, 2006, p.66).
Ou seja, percebe-se em Fabiano que as condições de sua existência, o monólogo travado consigo mesmo são um reflexo da tirania do espaço e do tempo. As suas concepções e percepções da realidade estão diretamente influenciadas por esta neblina do meio que obscurece a consciência que tem de si mesmo. A compreensão “ressecada” de si mesmo projetava-se de fora para dentro, mas a natureza e as condições reais da vida formaram a sua consciência.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CARPEAUX, Otto Maria, in, RAMOS, Graciliano. Angústia. Rio de Janeiro/São Paulo. Editora Record. 1998. 240p.
DACANAL, José Hildebrando Dacanal. O Romance de 30 – 2ª. Edição. Porto Alegre. Mercado Aberto. 1986. 67p.
RODRIGUES, Medina A. [et al.]. Antologia Brasileira: textos comentados – volume III. São Paulo. Marco Editorial. 1979. 372p.
MENDES, Francisco Fabiano de Freitas. Ponto de fuga: tempo, fome, fala e poder em Vidas Secas e São Bernardo. Dissertação apresentada como exigência parcial a obtenção do grau de mestre em História Social à Comissão Julgadora da Universidade Federal do Ceará, sob orientação da Professora Dra. Ivone Cordeiro Barbosa. Fortaleza, 2004. 204p.
MARX, Karl; ENGELS, Frederich. A Ideologia Alemã – Feuerbach, A Contraposição entre as Cosmovisões Materialista e Idealista. São Paulo. Martin Claret. 2006. 157p.
NICOLA, José de, Literatura Brasileira – das origens aos nossos dias, Editora Scipione, São Paulo, 1998. 503p.
RAMOS, Graciliano. Vidas Secas – 29ª. Edição. São Paulo. Livraria Martins Editora. 1971. 175p.

Por Carlos Antônio Maximino de Albuquerque

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Parabéns!

O Colégio Decisão deseja felicidades a nova aluna Kallya Raquel, do 6º Ano.

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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Arte

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O conceito de arte é extremamente subjetivo e varia de acordo com a cultura a ser analisada, período histórico ou até mesmo indivíduo em questão. Não se trata de um conceito simples e vários artistas e pensadores já se debruçaram sobre ele. O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, segunda edição), em duas de suas definições da palavra arte assim se expressa: "atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito, de caráter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação"...; "a capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações ou sentimentos ...." Independente da dificuldade de definição do que seja a arte, o fato é que ela está sempre presente na história humana, sendo inclusive um dos fatores que a diferenciam dos demais seres vivos. Além disso, a produção artística pode ser de grande ajuda para o estudo de um período ou de uma cultura particular, por revelar valores do meio em que é produzida. Duas grandes tendências se alternam na história da arte: uma tendência mais naturalista, que parte da representação do mundo visível e uma mais abstrata que não nos remete a objetos ou figuras conhecidas, preferindo as linhas, cores e planos. Uma prova das oscilações dessas tendências pode ser dada pelo fato, por exemplo, da arte abstrata estar presente tanto nas manifestações vanguardistas do século XX, quanto entre as produções de homens primitivos. A arte pode se utilizar de vários meios para sua manifestação. Nas artes visuais os mais conhecidos são a pintura, a escultura, o desenho, as artes gráficas (gravura, tipografia e demais técnicas de impressão, inclusive a fotografia) e a arquitetura.

Seja bem vinda!!!

O Colégio Decisão deseja que você construa uma linda história em seu aprendizado, destacando-se seja em qual área for.

Seja bem vinda, Aline! O Colégio te recebe de braços abertos!

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Aline Fernandes dos Santos.
10 anos.
Veio do Colégio Phablo Dantas.
A disciplina que mais gosta é Matemática e a que menos gosta é Ciência.
Cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental.

Seja bem vinda, “PRINCESINHA”!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Alegria!!!

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Parabéns!!!
A ex-aluna do Colégio Decisão, Sabrina Diniz, está de idade nova.
15 anos para uma das melhores alunas que o Colégio teve.
Sabrina, que sua vida seja plena e repleta de batalhas, porque são essas batalhas que fazem com que o gosto da conquista se torne ainda mais saborosa, pois você é uma vencedora! Felicidades!!!!!!!!!!!



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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Felicidades!





O Colégio Decisão tem orgulho em ter André Aristides como aluno, e poderia expor diversos adjetivos para representá-lo, mas isso levaria horas e horas de leitura, pois ele é 10!
Parabéns, "CAMPEÃO", você é um guerreiro vencedor!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Discurso sobre Igrejas

Eu ainda sonho, em um dia que todas as igrejas se reunirem, colocarem suas idéias e fazerem uma grande cruzada evangelística, hoje em dia há uma grande disparidade entre outras denominações. São ideias, pensamentos totalmente opostos, diferentes. Enquanto algumas igrejas batem palmas dançam pro Senhor Jesus Cristo, outras acham erradas, por causa de suas tradições, suas doutrinas, mas eu quero até ver quando for o dia do juízo final, o dia do arrebatamento, crentes com saias nos pés vão ficar, e outras com decotes, seja lá o que for! O que importa é o coração da pessoa, no céu vai ser alegria, vai ser gozo, júbilos, cânticos, palmas, danças tudo pra honra de El Ôlam= O Deus eterno.
Às vezes a gente fica se perguntando, por que as coisas são tão opostas. Igrejas, muitas vezes não se unem, não conversam entre si, não se reúnem. Gostaria que um dia se reunissem, fizessem um grande culto, se reunissem para trazer um grande cantor gospel. O fim está próximo, temos que nos reunir. Juntar-nos. Deus está dando grandes sinais que está voltando, o arrebatamento está próximo. Temos que a cada dia seguir os passos do nosso Senhor Jesus Cristo, temos que renunciar amizades do mundo, pois a bíblia diz: que aqueles que têm amizades do mundo são inimigos de Deus. Eu renuncio tudo por amor de ti, oh, Pai!







Kenneth Rodrigues da Silva.
Ex-aluno do Decisão.

A educação brasileira







Os fatos que vou narrar
ocorreram no Brasil
dos tempos em que se viu
a cultura indígena reinar
passando por jesuítas
que adotou o catolicismo
até a reforma do Marquês
que a companhia expulsou.

 No Brasil dos tupis
nossa terra era amada
sua cultura preservada
pelos índios era passada
de uma geração à outra,
sem escola, sem poder,
mas, com respeito e muito saber.

 De repente essa gente
viu chegar aqui um povo
que aos poucos sem decoro
seus costumes, seu legado,
por eles foram trocados
impondo e se apossando
sem medo e sem censura
seus métodos foram implantando
educando os nativos
de forma a escraviza-los

 Assim principiou-se a educação brasileira
que tinha como tarefa primeira
catequizar a sua maneira
um povo que sem defesa
sucumbisse à sua esperteza.

 Eis que surge o Marquês
que mesmo sem burguês
implantou o português
Sua reforma foi erguida
com idéias iluministas
ela seria constituída

 Muitos anos então passaram
muitos fatos ocorreram
a educação brasileira
instrumento muito ousado
aos moldes do poder
sempre foi utilizado


Sentimos hoje o reflexo
de uma educação conturbada
que tanto foi explorada
de forma desorganizada.

 Para motivar essa gente
e tornar a pátria contente
é preciso acreditar
e muita coisa consertar
pois só se muda uma nação
através da educação.

  (France, fevereiro de 08)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Aniversário!


O Colégio Decisão parabeniza a ex-aluna Ingrid Freitas por alcançar seu 15º aniversário.
A instituição sente muito orgulho por ter feito parte da tua história.
Acompanhe a festa:





Parabéns, Ingrid! Que sua vida seja repleta de conquistas! O Colégio Decisão Torce por você!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Nova farda!!!

Os alunos do 9º Ano do Colégio Decisão escolheram sua nova farda para o ano letivo de 2011.
A farda foi desenhada por um aluno da própria turma.
Vamos apreciar o novo fardamento, desenhado por Thiago Custódio:

Pais presentes!!!

O Colégio Decisão realizou esta manhã, a reunião de pais e mestres, do turno manhã, às 9:00 hs, na referida escola.
Na reunião foi realizada no intuito de desejar boas vindas e debater as normas e regras do Colégio.
Veja as imagens:








terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Começou a caminhada para a educação!

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As aulas começaram, no Colégio decisão!

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Caras novas e caras conhecidas, felizes por estarem iniciando o ano letivo!

Vejam as imagens:

6º Ano

6

7º Ano

7 

8º Ano

8

9º Ano

9 

O Decisão deseja boas vindas aos seus alunos e em especial aos novos alunos!

Quer conhecer?

Veja: 

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8º ANO.
Jefferson Vieira de Sousa Costa.
12 anos.
Veio da escola Dr. Jarques Lúcio.
A disciplina que mais gosta é Educação Física e a que menos gosta é Matemática.

Seja bem vindo, “CAMPEÂO”!

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6º Ano.
Kallya Raquel.
12 anos.
Veio da escola Dr. Jarques Lúcio.
Gosta de todas as disciplinas.

Seja bem vinda, “PRINCESA”!

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6º Ano.
Felipe Oliveira Alves.
10 anos.
Veio do Colégio Phablo Dantas.
A disciplina que mais gosta é Matemática, porém não tem repúdio por nenhuma.


Seja bem vindo, “CARO AMIGO”!

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6º Ano.
Eduardo da Silva Fernandes.
10 anos.
Veio do Colégio Phablo Dantas.
A disciplina que mais gosta é Matemática e a que menos gosta é Língua Portuguesa.


Seja bem vindo, “IRMÃOZINHO”!